domingo, 24 de julho de 2016

Orlas Prateadas - Elvio Antunes de Arruda

                                                             
                                                            ORLAS  PRATEADAS

Elvio A. de Arruda
Elanklever
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                                                                   Que belo encanto,
Que arrebata o sentir.
Pelo artista sol.

A nuvem rendada
Com bordas matizadas,
Cravadas de diamantes
a brilhar.

Belas orladuras
prata -douradas.
Na tela celeste aplicada,
habilmente decoradas.

Nuvens no  céu flutuando, navegando
Disformes formas,
Fora da norma!
Envolvidas pela imensidão.
Em minha alma apreciei.

Lá, cravada de luzentes diamantes
A brilhar.
Não há como não se extasiar,
Lá, sol, água, nuvem ar,
Na bonança da alma,
Sobraram em mim,
Inestantes  palavras .

Lá ficaram,
Presente mostrado,
Alguém não teve o olhar
Eu confesso que vi.
Lá naquela tarde.

Com bordas prateadas,
O sol brindou,
Minha alma rendou.
Nos giros da terá se foi.

Sim juro que vi!

domingo, 10 de julho de 2016

Vela ou a vela - Elanklever


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VELA

Com cheiro de vela
Se vai a bela.
Sem atalhos, com cheiro de vela.
Com cheiro de vela se pinta a tela
Com cheiro de vela não se fala mais nela.

Passa, repassa  a novela,
Rasga-se a tela, não apela.
Vela.

Chega-se lá, com cheiro de vela.
Dela se fala, nela se pensa,
Zela, zela.

Na  viela, na capela,
Cheiro de vela!

Velas içou.
Ao horizonte da vida,
Além mar, singrou.


Elanklever